quarta-feira, 26 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Prêmio Juntos Fazemos a Diferença


Mobilizo
Contribuo fazendo diariamente a coleta seletiva do lixo, uso alimentos orgânicos e de empresas que possuem ações sustentáveis e de responsabilidade social, verifico se os produtos industrializados possuem embalagens recicláveis, uso eco bags, pego carona regularmente e ando a pé e de ônibus, reduzi meu gasto de energia e água em 20%, sou voluntária de programas sociais da Rede Cidadã e Junior Achievement e sou Investidora Social através do Grupo do Bem. Faço uma pós-graduação em Gestão em Responsabilidade Social e sou mobilizadora para a ação social.
Através da mobilização social acredito que o que importa não é o tamanho do passo, mas sim o primeiro passo. Se todos os cidadãos apoiarem qualquer causa social, seja para combate a fome e a miséria, seja para alavancar a educação, seja para a proteção de nascentes de rios ou para preservação de nossas florestas, a apropriação do mundo está concretizada.
Mobilizo para o futuro das gerações.

Anita Cardoso Magalhães - Texto premiado em 11 de dezembro de 2009

terça-feira, 18 de maio de 2010

ESTAMOS COMO ESTAMOS PORQUE SOMOS COMO SOMOS?

Por Genebaldo Freire Dias

Uma certa sociedade de humanos vivia numa ilha, sem nenhum contato com outras populações humanas. A ilha oferecia todas as condições para a sua sobrevivência.
A alimentação desses humanos era à base de carne de porco crua. Esse hábito centenário, talvez milenar, era praticado sem nenhuma contestação. Um dia, por acidente - sempre ele catalisando os acontecimentos -, os porcos escaparam do curral e fugiram para o interior da floresta. Ali um incêndio também acidental terminou matando-os queimados. Algumas horas após o incêndio, um humano adentrou a floresta e encontrou os porcos. Ao sentir o cheiro da carne assada, achou agradável e experimentou...
Bem, a partir daí esses humanos passaram a comer carne de porco assada. Para tanto, reuniam os porcos, em currais, no interior da floresta e ateavam fogo nela! Assim, durante muito tempo aquela população se alimentou de porcos assados à custa da queima e destruição das florestas.
Mais tarde, alguns problemas começaram a acontecer. Os porcos fugiam durante os incêndios. Passaram então a construir currais cada vez mais eficientes. Surgiu até uma escola técnica de aperfeiçoamento de construção de currais à prova de fugas durante incêndios florestais induzidos.
Um dia, alguém observou: estamos errados. O problema é outro. Ocorre que esse tipo de árvore demora muito a ser incendiada! Resultados de pesquisas avançadas indicavam que o problema poderia ser solucionado com um novo tipo de árvore, melhorada geneticamente, que apresentasse maior eficiência de combustão em suas folhas, galhos e troncos e, assim, pudesse assar os porcos mais rapidamente, retirando-lhes as chances de fugir.
Passado algum tempo, outro grupo de pesquisadores argüiu que estavam todos errados. Surgia um novo paradigma, uma nova escola de pensamento e ação. O problema era outro: os porcos tinham pernas longas e fugiam com facilidade!
Experimentos genéticos levaram à criação de porcos com pernas mais curtas e com reduzida capacidade de percepção ao aumento da temperatura ambiente. As pesquisas foram se tornando mais sofisticadas a ponto de descobrir-se que “porcos com olhos claros, estatura abaixo de 49 cm, pressão sanguínea próxima de 7x11, dedos com ângulos inferiores a 35 graus de articulação....emissão de sons em dó sustenido maior por mais de 11 segundos no período do inverno, manchas marrons em mais de 35% da parte meridional norte da orelha esquerda e fezes com calibre inferior 0,95 polegada, são propensos a uma agitação igual a zeta-m9 na escala épsilon de David durante um incêndio florestal de fulgor kapa-9-3e, que os leva a um elevado grau de capacidade de fuga”.
Dessa foram, com o tempo, foram escritos livros, tratados e complexas descrições técnicas do processo. Foram criadas escolas, faculdades, universidades, cursos de pós-graduação e até uma fundação que apoiava esses pesquisadores que trabalhavam para a eficiência daquela maneira de assar o porco na floresta. As crianças, naturalmente, viam desde a pré-escola os fundamentos do “pirosuinicídio”.
Convenções, conferências, seminários, revistas especializadas, desenvolvimento de novos materiais, associações, sindicatos e federações, milhares de pessoas envolvidas no processo, significando milhares de empregos e de jovens se especializando, aguardando a sua vez de entrar no mercado de trabalho.
Ocorre que a população humana dos ilhéus aumentou e com ela a necessidade de assar mais porcos, queimar mais florestas, criar mais empregos, novas especializações, novos cargos, novas empresas que deveriam crescer para fomentar o “progresso”.
Um dia alguém resolveu contestar: “não seria mais fácil assar o porco sobre algumas brasas, fora da floresta?” As reações foram violentas. Quem é você para contestar o sistema? Então os nossos doutores não teriam achado esta solução, se ela fosse ao menos viável , plausível? E o que faríamos com as centenas de instituições, milhares de empregos? Você acha que é tão simples assim? Não! Recolha-se à sua insignificância!
E o sistema continua até hoje, apesar de já terem percebido que algo está fora de fase, pois as florestas estão se acabando, os recursos da ilha estão se tornando escassos, o clima está cada vez mais hostil, as pessoas estão estressadas, angustiadas pela competição, miséria, violência e insegurança que se estabeleceram, junto com o desrespeito permanente à dignidade humana, aceitando-se a situação como algo inapelável, banalizando o inaceitável.
Algumas delas, entretanto, acreditam que deva existir uma outra forma mais coerente de existência, um estilo de vida mais inteligente.
Essa história nos soa familiar. Guardadas as devidas dimensões, não estamos muito distante dessa realidade dos ilhéus. Se olharmos apenas para um dos nossos setores, a educação, teremos uma constatação inquietante: estamos “ensinando” nas escolas, da pré-escola ao terceiro grau, como assar porco queimando a floresta.
Nada como uma educação radicalmente positivista para embargar a percepção das pessoas e “legitimar” a lógica do crescimento contínuo, da espoliação dos recursos ambientais, dos lucros a qualquer custo, do consumismo, opulência e desperdício, da manutenção dos privilégios sociais, econômicos e políticos (dentre outros) a grupos restritos da sociedade, criando hordas de desempregados, miseráveis e famintos em todo o mundo, empobrecendo a todos pela degradação ambiental e estabelecendo, em nível internacional, um regime de insegurança sem precedentes na escalda da espécie humana.
Neste contexto, precisamos ir além da proposta pedagógica construtivista para uma estratégia reconstrutivista. Já sabemos que precisamos buscar e atingir um novo estilo de vida, baseado numa ética global, regida por valores humanitários harmonizadores. Mas como?
Então, estamos como estamos porque somos como somos? Não estamos todos queimando porcos na floresta?
Insiste-se em se manter o insustentável, em se manter um projeto civilizatório falido e em decomposição. O novo, ainda em gestação, é repelido pelos interesses imediatos. Sustenta-se o insustentável para manter privilégios.
Tal comportamento egoísta leva a humanidade ao estado generalizado de insatisfação, estresse e desencantamento.
Esse processo de insustentabilidade replica-se na maioria dos lugares, na Terra, porém a sua maior expressão está ocorrendo nas cidades do mundo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Unidade de conservação em Bertioga

WWF-Brasil colhe assinaturas para proteger área em Bertioga (SP)
Abaixo-assinado lançado pelo WWF-Brasil em 23/2 está colhendo assinaturas para a criação de área protegida com 8.025 hectares, em Bertioga (SP). A unidade de conservação que se pretende criar fica no trecho mais preservado de Mata Atlântica no litoral paulista. A área de planície, que faz conexão com o Parque Estadual da Serra do Mar, abriga rica diversidade de ambientes – dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga - nos quais vivem animais e ameaçados de extinção.Leia mais e assine.